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Calorão e temporal vão embora? O que esperar do outono, que ...

Calorão e temporal vão embora O que esperar do outono que
O início do outono, que começa nesta segunda (20) às 18h25, não promete mudanças abruptas a curto prazo. Mas, em geral, a chuva que ficou concentrada no Centro-Oeste e Sudeste durante o verão deve se distribuir pelo país, aliviando a estiagem na re

O início do outono, que começa nesta segunda (20) às 18h25, não promete mudanças abruptas a curto prazo. Mas, em geral, a chuva que ficou concentrada no Centro-Oeste e Sudeste durante o verão deve se distribuir pelo país, aliviando a estiagem na região Sul e levando chuvas mais intensas para a região Nordeste.

Segundo Estael Sias, meteorologista da Metsul, o principal aspecto que difere o outono de 2023 dos últimos anos é a temperatura do Pacífico, depois de três anos de La Niña - fenômeno caracterizado pelo resfriamento das águas deste oceano. Isso impacta no comportamento da chuva e na temperatura da estação.

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Na região Sul, que sofreu muito com a estiagem e seca nos anos anteriores, o outono deve ser de maior umidade.

Dentro disso, não quer dizer que a estiagem acaba. Santa Catarina e Paraná tiveram bastante chuva no último verão, mas agora as perspectivas são de ficarem mais frequentes. É uma característica do outono, por ser uma estação de transição no Sul. Os temporais com vento forte e formação de ciclones são um pouco mais frequentes. Estael

Quanto à temperatura, o outono não deve ser mais frio que o normal. Com esse movimento do oceano, a estação pode até terminar, em junho, com temperaturas acima da média.

"Mas não descartamos períodos curtos de frio e geada significativa", acrescenta ela. O fenômeno geralmente acontece entre maio e junho, quando os dias ficam mais curtos e as noites mais longas. Em tempos de La Niña, que não é o caso de 2023, isso chegaria mais cedo, em meados de março.

Chuvas bem distribuídas

O estado de São Paulo, principalmente o litoral norte, foi duramente afetado pelas chuvas neste verão. Em fevereiro, o município de São Sebastião registrou o acumulado de 649mm de chuva. Ilhabela registrou 346mm e Ubatuba, 342mm. Pelo menos 35 pessoas morreram após deslizamentos de terra.

"O verão foi caracterizado por um excesso de chuva no Centro Oeste e no Sudeste, que ficou concentrado no centro do país. Agora, esse padrão muda. Não para de chover, mas diminui. A precipitação começa a se espalhar pelo território nacional. Sai essa pressão de volumes muito alto, de temporais frequente, e se espalha", completa.

Na capital paulista, a cidade registrou alagamentos sucessivamente nas últimas semanas. Carros ficaram submersos e pessoas ilhadas tiveram de ser resgatadas em botes. Um corpo foi encontrado no rio Tietê. Na semana anterior, o temporal causou a morte de uma idosa em Moema, na zona sul.

No Sudeste e Centro Oeste, a tendência é de dias mais secos, de temperaturas mais altas e com calor, e noites de céu claro, com temperatura mais fresca.

O verão, em geral, teve temperaturas abaixo da média, muitos dias de nuvem e tempo fechado, chuva. O outono pode ter temperaturas acima da média, menos chuvas e mais dias de sol.

Possibilidade de seca no Nordeste

Já no Nordeste, principalmente no setor mais ao norte da região, há agora uma zona de convergência intertropical. Isso indica volumes altos de precipitação, principalmente na região do Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte. "Fenômeno típico desta época do ano", explica a meteorologista.

Caso o El Niño se confirme, que é o aquecimento das águas do oceano Pacífico, as regiões Norte e Nordeste podem enfrentar uma seca maior que nos últimos anos, que foram marcados por grandes chuvas.

Na região Norte, a tendência é de diminuição das chuvas. "Nada muito fora do padrão da região. Serão mais dias de sol e de tempo aberto, principalmente no centro-sul da região, entre o Pará, Amazonas, Rondônia e Acre", finaliza a meteorologista.

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