Cuca sai do Atlético-MG, e Jorge Jesus deve deixar o Benfica no mesmo dia. O que a dança das cadeiras pode causar?

Lembre-se de que Jorge Jesus assistiu a Atlético-MG 2 a 1 Flamengo, no Independência, quando Abel Braga ainda era o treinador rubro-negro, e o investidor Ricardo Guimarães pretendia levar o português para Belo Horizonte.

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Não é provável este desfecho, porque conselheiros de Jorge Jesus argumentam que ele deve esperar e não treinar outro clube do Brasil, a não ser o Flamengo.

No domingo, logo depois da aproximação de Marcos Braz e Bruno Spindel do contrato com Paulo Sousa, os agentes de Jorge Jesus tentaram mudar o rumo da história. Como aqui se escreveu ontem, o argumento era bom, mas tardio: "Jorge Jesus queria sair do Benfica, o Benfica queria demití-lo e o Flamengo pretendia contratá-lo. Por que então não houve conversa para um acordo?"

Porque o Flamengo ofendeu-se em ser considerado o assediador, depois da entrevista do assistente, João de Deus, confirmando a reunião com Braz e Spindel na casa do treinador, mas afirmando que Jesus pretendia permanecer na Luz -- o que não era verdade. Jesus queria o Flamengo e sinalizou. Os agentes disseram no domingo que Jesus sairia depois do clássico do dia 30. Sairá antes. O desfecho se dará nesta terça-feira.

Mesma data da saída de Cuca.

O técnico campeão brasileiro pelo Atlético-MG tem problemas familiares importantes e uma questão de saúde para cuidar, desde o tempo em que orientou o São Paulo. Sai de cena com possibilidade de retornar quando quiser. Deixou as portas da Cidade do Galo abertas, assim como de qualquer outro clube do país, depois da temporada impecável de 2021.

A questão é que o cargo de treinador, no clube mais vencedor do país na temporada recém-terminada, está aberto. Há três anos, o investidor Ricardo Guimarães aproximou o Galo de Jorge Jesus. Há contato. A pergunta é se Jesus seguirá seus conselheiros e entenderá que não deve assumir outro clube brasileiro, ou se pode haver outro desfecho.