Erasmo Carlos enfileirou sucessos e deixou forte legado no rock nacional


Legado do Tremendão para a música brasileira vai além da Jovem Guarda e da dupla com Roberto Carlos
Incitar, enfrentar e amar foram alguns dos princípios que Erasmo colocou na mala quando começou a longa viagem do rock brasileiro.
Nos anos 1950, Erasmo aprendeu, ainda adolescente, a tocar acordes simples no violão com o amigo Tim Maia para entrar no rock com outro camarada: Roberto Carlos.
Ele começou cobrindo, em português, melodias que vinham dos EUA, de Elvis Presley, Jerry Lee Lewis e Chuck Berry. Mas seu primeiro disco "A pescaria", de 1963, já tinha melodias próprias – uma delas é "Minha Fama de Mau".
“Não teria um pop rock brasileiro da década de 1980 se não tivesse tido isso [músicas de Erasmo]. Então, o que é que o Erasmo fez? Primeiro, abriu a porta para todos nós”, diz Lulu Santos.
Ao lado de Roberto Carlos e Wanderléa, Erasmo apresentou na televisão o programa "Jovem Guarda". Um fenômeno que, de tão popular, acabou sintetizando e nomeando todo um movimento cultural, conhecido também como Iê Iê Iê.
No fim dos anos 1960, surgiu a Tropicália – ainda mais rebelde, com cabelos ainda mais compridos, roupas ainda mais ousadas. Com isso, a Jovem Guarda foi perdendo força até que o programa de TV foi encerrado em 1968. Um obstáculo na estrada que Erasmo superou com um álbum que expandia os limites da sua obra: "Erasmo Carlos e os Tremendões".
Sempre a frente de seu tempo, o último álbum de Erasmo levou os fãs para o começo da viagem: "O Futuro Pertence à Jovem Guarda".
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