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Grosseria de Abel Ferreira com repórter é parte do "método Mourinho"

Grosseria de Abel Ferreira com repórter é parte do método Mourinho
O Palmeiras venceu o Botafogo de virada no Estádio Nílton Santos por 3 a 1. Volto

O Palmeiras venceu o Botafogo de virada no Estádio Nílton Santos por 3 a 1. Voltou a abrir dez pontos de vantagem para o segundo colocado, agora o Internacional. Aumentou a invencibilidade como visitante para 15 partidas, emendando duas vitórias seguidas depois do triunfo sobre o Atlético no Mineirão.

Já é campeão brasileiro, confirmando sua competência e o casamento vencedor com o Palmeiras na conquista da competição por pontos corridos, a única que faltava no país.

Colunistas do UOL

A irritação de Abel Ferreira com o cartão amarelo que levou de Wilton Pereira Sampaio, terceiro que o suspende do próximo jogo, é até compreensível. Mas, convenhamos que o duelo com o Coritiba no Allianz Parque não é tão desafiador ou ameaça minimamente a trajetória até a confirmação matemática do título.

Não havia motivos razoáveis para o treinador português ser agressivo na coletiva pós-jogo. Ainda mais para responder um elogio do repórter. Justo, já que sua equipe realmente não sentiu a expulsão de Zé Rafael aos 23 minutos do segundo tempo e continuou sobrando tática e fisicamente.

De fato, houve uma alteração tática que o jornalista não percebeu: Kuscevic entrou na vaga de Mayke aos 32 minutos e o Palmeiras passou a se fechar definitivamente com linha de cinco, algo que aconteceu também ao longo do jogo, quando Mayke recuava como ala e Marcos Rocha fechava com Gómez e Luan o meio da área.

Mas daí a responder, em tom para lá de arrogante, que por isso ele era jornalista e Abel um treinador, foi de uma grosseria atroz. Totalmente desproporcional, pelo contexto da vitória no Rio de Janeiro.

Por maior que seja a insatisfação dele com alguns da imprensa, inclusive os que ele processou apenas por emitir opiniões, a "patada" foi de uma falta de educação inquestionável. Quem criticou a formação do jogador brasileiro deveria dar o exemplo.

Mas quem acompanha o trabalho de Abel no Brasil, ouve o treinador falando da influência de José Mourinho e lembra das ações do hoje técnico da Roma quando viveu seu auge, entre 2004 e 2010, entende perfeitamente a razão dessas atitudes.

Elas são partes de um modo de comandar. Um método que necessita de tensão constante, especialmente com arbitragem e imprensa. Principalmente depois de uma vitória tranquila, a liderança folgada na tabela. Nada de águas calmas. O conflito serve para manter a mobilização do time, da torcida e do próprio Abel na narrativa "contra tudo e contra todos".

Se Abel um dia for para a Europa, tendência pela competência demonstrada na América do Sul, terá que rever esse método, que já não é tão bem aceito por lá. Não por acaso, Mourinho hoje não comanda no mais alto nível do continente.

Mas por aqui ainda funciona e certamente terá defensores. Dentro do clube, na torcida e mesmo na imprensa, já que a parte verde da mídia é capaz até de proteger o treinador e detonar os colegas silenciados ou maltratados. Inclusive, no caso de um jornalista processado por Abel, com telefone vazado e ameaças ao profissional e sua família. Algo que, infelizmente, é corriqueiro na vida dos "mensageiros" no país. Dentro ou fora do futebol.

Tudo muito lamentável e desnecessário. Abel não precisa disso para ser vencedor no Brasil.

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